ALDA

Alva, do alvor das límpidas geleiras,
Desta ressumbra candidez de aromas…
Parece andar em nichos e redomas
De Virgens medievais que foram freiras.

Alta, feita no talhe das palmeiras,
A coma de ouro, com o cetim das comas,
Branco esplendor de faces e de pomas
Lembra ter asas e asas condoreiras.

Pássaros, astros, cânticos, incensos
Formam-lhe aureoles, sóis, nimbos imensos
Em torno a carne virginal e rara.

Alda fez meditar nas monjas alvas,
Salvas do Vicio e do Pecado salvas,
Amortalhadas na pureza clara.



Soneto publicado em “Broquéis”, de Cruz e Sousa*, obra que inaugura o Simbolismo no Brasil, em agosto de 1893.

João da Cruz e Sousa nasceu em Desterro, atual Florianópolis. Filho de escravos alforriados foi acolhido pelo Marechal Guilherme de Sousa e sua esposa como o filho que não tinham. Foi educado na melhor escola secundária da região, mas com a morte dos protetores foi obrigado a largar os estudos e trabalhar. Sofreu uma série de perseguições raciais, culminando com a proibição de assumir o cargo de promotor público em Laguna, por ser negro. Em 1890 foi para o Rio de Janeiro, onde entrou em contato com a poesia simbolista francesa e seus admiradores cariocas. Casou-se com Gavita, também negra, com quem teve quatro filhos. Sua mulher enlouqueceu e passou vários períodos em hospitais psiquiátricos. O poeta morreu aos 36 anos de idade, vítima da tuberculose, da pobreza e, principalmente, do racismo e da incompreensão.
Alguns estudiosos da vida e obra do poeta acreditam que Alda fora o seu grande amor!

Meu reggae é roots...

segunda-feira, julho 28, 2008 1 comentários



... palavras também


Eu sei que o Hawaii não é aqui. E que o mar está longe daqui... Mas pra quê que eu quero o mar? Se tenho o rio TOCANTINS pra mim!” (‘Surfista do Lago Paranoá’, adaptação*)

Na vibe positiva solta pelo ar, a noite de domingo, quase segunda, fez tudo transcender, tristeza desaparecer e o amor florescer! (Rimas pobres? Clichês? Acredite! Não vale a pena viver por viver).

Revisitei momentos marcantes na minha humilde e singela vidinha ao som de Natiruts. Mas isso é bem comum! O diferencial foi ouvir a pureza das canções ao vivo.Teve roots, ragga, reggae e blues. Rolou até axé. Jorge Ben (jor), Cidade Negra, Olodum e claro, ´aquilo´ que Bob falou.

A percussão foi uma emoção a parte. Os metais? Incríveis. O Alê (reparem a intimidade) deu xou no vocal. Toda a propriedade de quem vos escreve, não tem nada de prepotência, apenas a impressão (subjetiva e passional) de quem curte o som dos caras desde a época de Nativus. Isso lá pros anos noventas. Mais precisamente, 1997, aos treze aninhos, cursando a sétima série no Santa Teresinha. Assim que ganhei uma fitinha k7 (apesar de todo mundo ouvir cd player) do primeiro álbum gravado um ano antes. De cara, eu me amarrei. Letra, melodia e ritmo... mesmo sem entender o que rege toda a harmonia. Foi amor à primeira vista (ou a primeira audição). Então, de lá pra cá, acompanhei a evolução, o sumiço, a briga pelo título Nativus, que não deu em nada, aliás, deu em Natiruts - uma mistura de nativus e roots - , as saídas do Kiko e da Isabella. Mas nada disso tirou o brilho da banda.

Meu tema? Nada de “Presente de um beija-flor” ou “Liberdade pra dentro da cabeça”. A minha música preferida foi (é) “Semente Nativa”: “... plantei uma flor no coração dela...” E, eu acreditava que não fosse ouvi-la nessa apresentação. Mas, quando anunciaram que a próxima canção seria de 96, eu senti, naquele instante que o show era único e exclusivamente pra mim. Simplesmente LINDO!!!

Outra grande surpesa foi poder cantar em alto e bom tom “Deixa o menino jogar o iá iá”. Ah, meus tempos de basquete... quando eu me arriscava nuns lances mais que livres. O meu espanto se deu pelo fato da música apresentar uma mensagem de alto teor político, assim como "Proteja-se e lute" e "Povo brasileiro". Dizem por aí, que o evento foi realizado para promover as obras realizadas pelo governo do estado. Coincidentemente, estamos no período de campanhas eleitorais, ou seja, benditos sejam os gregos que criaram a política do ‘pão e circo’. Já que necessidades básicas como saúde, educação e segurança não nos são proporcionadas dignamente, que venham todos os festivais de verão, de inverno de outono e primavera! “A gente não quer só comida,a gente quer bebida, diversão, balé” (Titãs)

O reggae é contra a desigualdade, o preconceito, a fome e tantos outros problemas sociais. “Por isso ainda há muito o que aprender com Salassiê”. Celebremos, então, o reggae e a vida, criando uma nova visão política e cultural, muito além dos estereótipos de negro, pobre e maconheiro!Sendo assim, “eu eternamente cantarei a paz!”

"Há mil formas para sorrir. Só uma para ser feliz!"


domingo, julho 27, 2008 0 comentários

No verbo, no verso e na melodia
Show marca comemoração pelos 50 anos de vida do cantor e compositor Zeca Tocantins

Palco do Teatro Ferreira Gullar

O show, que aconteceu na última quinta-feira, teve Neném Bragança, Clauber Martins e o aniversariante Zeca Tocantins dividindo o palco do Teatro Ferreira Gullar. Além disso, contou com a participação do percussionista Chico Brown e do trompetista Valtinho. O evento foi promovido pela Fundação Cultural de Imperatriz. O maestro Giovanni Pietrinni, diretor da FCI, afirmou que brevemente divulgará uma vasta programação artístico-cultural para o mês junino.


Na ocasião, o militante do movimento OcupArte – Ocupar com Arte, Eduardo Palhares, distribuiu panfletos com as propostas de melhoria do prédio da antiga biblioteca municipal. Em seguida, protestou contra o descaso da cultura em Imperatriz. “Há vinte anos, Zeca Tocantins participou ativamente do processo de ocupação e transformação do espaço em que estamos. Graças a ele e ao povo que se interessa pela cultura temos o teatro”, relembra. A platéia o aplaudiu fervorosamente.


Pietrinni, ao declamar um trecho de I-Juca Pirama, de Gonçalves Dias, anunciou Neném Bragança que homenageou o amigo ilustre da noite cantando uma de suas parcerias.


Zeca Tocantins subiu ao palco por volta das 21h30 para apresentar sucessos da carreira e o novo repertório, que segundo ele, bebe na fonte de Pinduca e de D. Teté. Referindo-se ao cantor paraense - rei do carimbo - e a propagadora do cacuriá.


A casa lotada cantou os parabéns! Emocionado, disse estar muito satisfeito com a apresentação. Por último, agradeceu o carinho do público ao longo de todos esses anos.


Zeca Tocantins gravou os discos Cio do Homem (1993), Terreiro de Todo Canto (2000) e Mestiço (2002). Todos eles expostos no hall do teatro ao custo de R$10. Participou de festivais de música em várias regiões de Brasil. Foi Presidente da Associação Artística de Imperatriz (Assarti) e do Sindicato dos Músicos da Região Tocantina. Vale lembrar que, em 2007, o artista devolveu à Câmara Municipal de Imperatriz o título de “cidadão imperatrizense”. Uma maneira de chamar a atenção pela falta de sensibilidade e descaso das autoridades.





Comissão para o Comitê da Cidadania em Imperatriz

Eleição da diretoria para o Comitê da Cidadania de Imperatriz


A fim de realizar um trabalho de diálogo entre a cultura laica e a cultura da fé, acaba de ser criada uma comissão para fomentar a justiça social na cidade. O evento que aconteceu no salão paroquial da Igreja de Fátima, na última quinta-feira, dia 29, teve a presença do presidente do conselho diocesano de leigos, Mariano, da advogada dos sindicatos dos trabalhadores rurais e bancários, dra. Neuza, dos padres Agenor, Ivanildo e Nonato. Também participaram da solenidade, o promotor de justiça Giovani Papini, lideranças comunitárias e jovens.

Há um ano, o Comitê da Cidadania fora implantado em Imperatriz, com sede na Igreja Santa Teresa D’ávila. Formado pela Associação Diocesana de Pastoral, CNBB e Cáritas, além do apoio de outros movimentos como Clube das Mães, Cursilho, Legião de Maria, Pastorais da Criança, Juventude, Família e Educação.

O comitê tem sua identidade na ação que visa a mudança social a partir da própria realidade local. “O desafio de transformar essa realidade é que define os objetivos e práticas concretas do grupo”, destacou Pe. Agenor.

O papel do comitê é, então, promover a integração e a mobilização das lideranças comunitárias, agindo como um agente catalisador no processo da transformação social.

Para saber mais: http://www.comitedacidadaniadeimperatriz.blogspot.com/

Um crime silencioso

segunda-feira, julho 21, 2008 0 comentários

A violência contra a mulher não escolhe cor, raça, nível social, econômico ou cultural e não tem hora, dia ou local para acontecer


Os atos violentos que a mulheres são vítimas acontecem dentro da própria casa. Em geral, os homens que batem nas mulheres o fazem entre quatro paredes, para que não sejam vistos por parentes, amigos, familiares e colegas do trabalho. A maioria dos casos de violência, especialmente doméstica, ocorrem em classes financeiras mais baixas. A classe média e a alta também tem casos, mas as mulheres denunciam menos por vergonha e medo de se exporem e ridicularizarem a família, ou até mesmo por dependência financeira.

A Drª. Virgínia Loiola Beserra, delegada titular da Delegacia Especial da Mulher, localizada na Rua Sousa Lima, 169, Centro, que integra o Bloco C da 10ª Delegacia Regional de Imperatriz, recebeu PAGU para ressaltar a importância do serviço prestado à comunidade . Numa sala bem aconchegante, com as paredes cor-de-rosa, uma pilha de documentos sobre a mesa e um ar de proteção, Drª. Virgínia, que comanda a delegacia por volta de dois anos, nos forneceu dados acerca dos crimes de violência contra a mulher.



As delegacias da mulher são importantes espaços de fortalecimento contra a violência doméstica



O que é violência contra a mulher?
Na definição da Convenção de Belém do Pará (Convenção para prevenir, punir e erradicar a violência contra a mulher, da OEA), a violência contra a mulher é “qualquer ato ou conduta baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto na esfera pública como na esfera privada.

Como acontece a violência contra a mulher?
Ela acontece porque em nossa sociedade muita gente pensa que o melhor jeito de resolver um conflito é a violência e que os homens são mais fortes e superiores às mulheres. Por isso, muitas vezes, os maridos, namorados, irmãos e outros homens acham que têm o direito de impor suas vontades às mulheres. A sociedade dá mais valor ao papel masculino, isso reflete a forma de educar os meninos e as meninas.

Qual a origem desses acontecimentos?
Esses acontecimentos têm procedência, normalmente, em problemas de relacionamento, econômicos, bebida ou drogas que ficam mascarados na sociedade, já que a vítima dessas lesões na maioria das vezes não denuncia, prevalecendo o ‘deixa pra lá’.



“Violência diminui com a educação, não com punição”



Quais as ocorrências mais frequentes registradas na Delegacia?
Os principais crimes denunciados e atendidos pela Delegacia Especial da Mulher são: Espancamentos (Código Penal no artigo 129) como Lesões Corporais; Ameaças (artigo 147); Ofensas morais em geral (Calúnia, Difamação e Injúria); os Crimes Contra os Costumes, dentre eles o Estupro (artigo 213); Atentado Violento ao Pudor (artigo 214).

A senhora atribui essa diminuição de ocorrências à Lei Maria da Penha?
A lei entrou em vigor no dia 22 de setembro de 2006. Dentre as várias mudanças promovidas pela lei, está o aumento no rigor das punições das agressões contra a mulher ocorridas no seio familiar. Mas, isso não quer dizer que a violência diminuiu, as denúncias que abrandaram. Violência diminui com a educação, não com punição.

Como se reconhece um agressor?
São homens fundamentalmente possessivos que exercem muito controle sobre a mulher: as saídas, amizades, trabalho, dinheiro, roupas, etc. Costumam desvalorizá-la ou ofendê-la na frente de amigos e familiares. E inclusive antes, no namoro, há sintomas que podem ser um alerta para a mulher: antecedentes de condutas violentas com outras mulheres, familiares ou amigos; exaltação repentina e sem sentido; falta de arrependimento ante os seus próprios erros, um pensamento excessivamente intransigente, convencido de que está sempre certo.

Quando uma mulher deve procurar uma delegacia de mulheres?
O certo seria quando ela fosse ameaçada pela primeira vez. Mas muitas não dão valor a isso. Não acreditam na intimidação do parceiro, companheiro.

A senhora tem algum recado final para nossas leitoras?
Não permaneçam no silêncio! É importante denunciar o agressor e, principalmente, procurar ajuda. Sabemos que os meios de comunicação desempenham um papel crucial no combate a violência doméstica, servem para conscientizar a sociedade sobre o tema e para que as vítimas conheçam os recursos que têm ao seu alcance.




A lei da Maria da Penha foi sancionada em 7 de Agosto de 2006 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O nome da lei é uma homenagem a Maria da Penha Maia, que foi agredida pelo marido durante seis anos. Em 1983, por duas vezes, ele tentou assassiná-la. Na primeira com arma de fogo deixando-a paraplégica e na segunda por eletrocução e afogamento. O marido de Maria da Penha só foi punido depois de 19 anos de julgamento e ficou apenas dois anos em regime fechado. A lei altera o Código Penal brasileiro e possibilita que agressores de mulheres no âmbito doméstico ou familiar sejam presos em flagrante ou tenham sua prisão preventiva decretada a legislação também aumenta o tempo máximo de detenção previsto de um para três anos.











Nem toda brasileira é bunda


“PAGU” é um projeto coletivo, resultado do trabalho de quatro alunas do Curso de Jornalismo da UFMA, em Imperatriz. O título do jornal é em homenagem a Patrícia Rehder Galvão (1910-1962), conhecida como Pagu. Ela foi jornalista, escritora e ativista política que juntamente com o escritor Oswald de Andrade, lançou em 1931, um tablóide político no qual assinava a coluna feminista "A Mulher do Povo". Ela sempre acreditou que as mulheres deveriam ter um papel mais ativo na sociedade e na política.

A referência é inspiradora. Pagu representa, nós mulheres, fazendo uma alusão entre Tarsila do Amaral e Maria Bonita.

Por razões históricas e culturais, o homem ganhou protagonismo na sociedade e atirou a mulher para a clausura do lar e os serviços domésticos. O peso da tradição é muito grande e tem sido difícil a caminhada para a igualdade na diversidade. Já foram dados passos importantes. Podemos verificar que as mulheres, principalmente na cultura ocidental, vão ganhando terreno nos domínios da política, da investigação científica, do exercício do poder judicial e em vários aspectos da sociedade.

Em sua 1ª edição, PAGU traz uma entrevista com a delegada titular da Delegacia de Mulheres de Imperatriz. Apresenta ainda uma matéria sobre as conquistas femininas no mercado de trabalho. Além de dicas de beleza, saúde e corpo. Faz um passeio histórico sobre o feminismo no Brasil e no mundo.

Mulheres inquietas e atentas à realidade, optamos pelo uso da palavra escrita para transmitir nossas idéias pelo jornal, como meio de fazê-las chegar a um maior número possível de pessoas.



Cursos Seqüenciais de Formação Específica



Os cursos seqüenciais constituem uma modalidade de Ensino Superior, criada pela Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996, em seu artigo 44, inciso I. Em diferentes níveis de abrangência, são alternativas de formação voltados para o aluno que, após ter concluído o ensino médio, deseja profissionalizar-se num curto espaço de tempo, reduzindo a distância ente o mundo acadêmico e profissional.

Nos cursos seqüenciais, os alunos podem obter uma qualificação, ampliando seus conhecimentos em um dado campo do saber, sem a necessidade de ingressar em um curso de graduação. Os pré-requisitos de matrícula são o processo seletivo e a conclusão do ensino médio. Sendo assim, os objetivos dos cursos seqüenciais são distintos dos objetivos dos cursos de graduação, embora as grades curriculares de ambos apresentem disciplinas semelhantes.

Tais cursos não devem ser apresentados com denominações que possam confundir com as utilizadas para cursos de graduação. Porém, serão ministrados por instituição de ensino que possua um ou mais cursos de graduação reconhecidos na área do conhecimento a que se vincula o curso seqüencial e de acordo com o campo do saber. De maneira que manifeste uma denominação específica e traduza suas finalidades. A criação pode ser feita sem autorização prévia do MEC. O seu reconhecimento deve ser solicitado após um ano de funcionamento do curso ou até um ano antes de diplomar a primeira turma. Quanto à titulação, os cursos seqüenciais não conferem título equivalente ao de Bacharel ou Licenciado, que são títulos tradicionalmente existentes para cursos de graduação.

De acordo com Maria das Graças Barreto Costa, coordenadora pedagógica dos Cursos Seqüenciais: Comunicação e Expressão Jornalísticas e Secretariado Bilíngüe, oferecidos pela Universidade Estadual do Maranhão, há uma valorização excessiva do bacharelado. Há muitos profissionais formados em cursos que duram quatro anos, como Direito e Administração, que enfrentam dificuldade para se inserir no mercado de trabalho, devido a falta de profissionais qualificados que atendam as reais necessidades do país.

A proposta curricular e a carga horária são definidas pela instituição de ensino, mas continuam sujeitas às normas gerais dos cursos de graduação, no que diz respeito a freqüência, avaliações e aproveitamento. Nos diplomas dos cursos seqüenciais, serão apresentados o campo do saber a que se referem os estudos realizados, a respectiva carga horária, a data de conclusão e os seguintes dizeres: Diploma de curso superior de formação específica. Os concursos que queiram excluir os formados em cursos seqüenciais deverão especificar no edital que os candidatos sejam portadores de diploma de curso superior de graduação. Os diplomados, em cursos seqüenciais, poderão ter acesso aos cursos de pós-graduação lato sensu – especialização. Mas, vale ressaltar que não terão acesso aos cursos de pós-graduação stricto sensu, ou seja, o mestrado e o doutorado.

Além disso, os estudos realizados nos cursos seqüenciais de formação específica podem ser aproveitados para integralização de carga horária exigida em cursos de graduação, desde que façam parte das disciplinas dos currículos destes.

Segundo Alex Tobias Paula, aluno de Comunicação e Expressões Jornalísticas (Uema-Imperatriz), é preciso mudar o pensamento da comunidade em relação ao ensino superior. “O seqüencial foi a oportunidade que melhor se encaixou às minhas necessidades. Tenho urgência em obter conhecimentos, já que fiquei 15 anos fora da sala de aula”, completa.

Dessa forma, fica claro que um curso seqüencial é diferente de um curso de graduação, ou de um curso de extensão. É direcionado especificamente ao mercado de trabalho, funciona como um atalho. Os cursos seqüenciais focalizam apenas um campo de conhecimento, são de curta duração – entre dois e cinco semestres, organizam-se por meio de currículo reduzido, com disciplinas específicas ligadas à temática do curso.


Conheça a legislação específica:


Portarias do Ministério da Educação e do Desporto
- Portaria nº 612, de 12 abril de 1999 - Dispõe sobre a autorização e o reconhecimento de cursos seqüenciais de ensino superior;- Portaria nº 514, de 22 de março de 2001 - Dispõe sobre a oferta e acesso a cursos seqüenciais de ensino superior;- Portaria nº 2905, de 17 de outubro de 2002 - Dispõe sobre a necessidade de regularizar a expedição e registro dos diplomas dos alunos concluintes dos cursos superiores de formação específica, cursos seqüenciais, para os quais foram protocolados pedidos de reconhecimento, pelas respectivas instituições de ensino superior, no Ministério da Educação, no corrente exercício de 2002.
Resolução do Conselho Nacional de EducaçãoResolução CES nº 01, de 27 de janeiro de1999 - Dispõe sobre os cursos seqüenciais de educação superior, nos termos do art. 44 da Lei 9.394/96.

Parecer da Câmara de Educação SuperiorParecer nº CES 968/98, de 17 de dezembro de 1998 -Trata sobre os Cursos Seqüenciais do Ensino Superior.

Resolução do Conselho Estadual de Educação Resolução CEE nº 236/99, de 30 de março de 1999 - Dispõe sobre os cursos seqüenciais ministrados por estabelecimentos de ensino superior.

Imperatriz celebra 156 anos

quarta-feira, julho 16, 2008 1 comentários

Vivendo o presente através da valorização do passado histórico



Segunda maior cidade do estado do Maranhão tem atualmente mais de 232 mil habitantes

Imperatriz surgiu com a iniciativa dos bandeirantes, que buscavam nos confins do Norte, a riqueza, o desconhecido e a aventura. Sua fundação se deu em 16 de julho de 1852, três anos depois da partida da expedição que saiu do porto de Belém, em 1849. Frei Manoel Procópio do Coração de Maria, capelão da expedição, foi o fundador da povoação, que recebeu inicialmente o nome oficial de Povoação de Santa Teresa do Tocantins. O nome é uma homenagem a Teresa Cristina, esposa de D. Pedro II, então imperador do Brasil.

Frei Manoel Procópio do Coração de Maria era carmelita e trouxe consigo uma imagem de Santa Teresa d’Ávila, de quem era devoto. A santa, de origem espanhola, tornou-se a padroeira da cidade e os festejos em sua homenagem são repletos de rituais e simbologias.

A história e o desenvolvimento de Imperatriz deram-lhe diversos títulos. Chamada desde os anos setentas de “Portal da Amazônia”, a cidade ganhou o título de “Capital Brasileira da Energia”, por ser a área de interligação da rede de distribuição de energia repassada pela Eletronorte e pela Chesf (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco). Recentemente, a cidade passou a ser conhecida como a “Metrópole da Integração Nacional”, título atribuído pelo engenheiro e ex-ministro do Planejamento Antônio Kandir. Por sua localização estratégica, a cidade também é conhecida como “Princesa do Tocantins” e “Capital Econômica do Interior Maranhense”. Dentre tantas alcunhas, Imperatriz ganhou a de “terra do Frei”, uma referência ao seu fundador.


Imperatriz é o maior centro de abastecimento regional e prestação de serviços, influindo fortemente na economia do norte do Tocantins, sul do Pará e de todo o estado do Maranhão. Nos últimos anos, tornou-se um dos pólos de educação superior, com duas universidades públicas, Universidade Federal do Maranhão e Universidade Estadual do Maranhão. Além de quatro faculdades privadas: Faculdade de Imperatriz (Facimp), Faculdade Atenas Maranhense (Fama), Faculdade Santa Terezinha (Fest) e Unisulma. A abertura de faculdades e diversos cursos fez com que a cidade ficasse mais jovem, cheia de livros na mão e novas idéias.


É possível observar que toda a ramificação histórica de Imperatriz é marcada por diferentes contatos, interações e por uma forte miscigenação advinda da rodovia Belém-Brasília. Nos últimos anos, Imperatriz experimenta um acelerado surto de crescimento populacional e econômico sendo considerada uma das cidades mais progressistas do país, recebendo contigentes migratórios das mais diversas procedências. Atualmente, sua grandeza populacional a coloca entre as 100 maiores cidades do Brasil.

Situada às margens do rio Tocantins, Imperatriz consolida-se como destino para o turismo de negócios, de eventos e de lazer. Seu caráter estratégico a carcteriza como cidade convergente de uma vasta região, abrangendo, além do sudoeste do Maranhão, o sul do Pará e norte do Tocantins.

Muitos foram os pioneiros: mulheres e homens, anônimos ou conhecidos, que conceberam e concretizaram o sonho de construir Imperatriz. Uma cidade cheia de curiosidades, personagens próprios, diversidade e beleza. De fato, a sociedade imperatrizense comemora pequenas conquistas e mudanças que vão fazê-la diferente, bem melhor no futuro.


Por isso, nesta quarta-feira, haverá certamente um feriado repleto de comemorações e vitórias dos cidadãos, desta que é uma cidade tão acolhedora. A população de Imperatriz terá um dia cheio de atividades. Pela passagem do aniversário desta cidade, onde moram pessoas de todos os lugares, onde história, progresso e modernidade convivem lado a lado, desejamos que as ações sejam responsáveis e constantes no município! Parabéns a todos que diariamente cumprem sua missão, contribuindo assim com o desenvolvimento, buscando sempre novos projetos e fazendo o melhor.


PROGRAMAÇÃO

As festividades organizadas pela prefeitura iniciam às 5 horas da manhã com uma alvorada, na rua 15 de novembro. Às 10h a entrega da comenda Frei Manoel Procópio a seis personalidades, no auditório do Palace Eventos. Os novos comendadores são: o escritor Livaldo Fregona, o médico Antonio Leite Andrade, a professora Almerinda Batista Nunes, a ex-vereadora Conceição Medeiros Formiga, a médica Mirian Bezerra Fialho Sodré e a taxista Raimunda Ferreira de Sousa. no auditório do Palace Eventos. Às 12 horas, a abertura oficial da Praia do Cacau.