Doe sangue. Doe vida.

domingo, novembro 30, 2008 0 comentários


Um ato voluntário


O sangue é um tecido vivo que não tem substituto e, para algumas pessoas, significa a diferença entre a vida e a morte. Uma doação pode salvar várias vidas. Pessoas em situação de hemorragias, cirurgias, queimaduras, leucemias, heomofilias e anemias são as mais beneficiadas. Por isso, é essencial a doação de sangue.

A doação de sangue é um ato seguro. Todo material usado é descartável. Cada voluntário é avaliado pelo médico. Além disso, somos muito bem recebidos pela equipe: recepcionistas, enfermeiras, assistente social e médicos.

Todo sangue é examinado. Em todo material colhido são feitos exames para as doenças transmissíveis pelo sangue, por exemplo: sífilis, hepatites, doença de Chagas, AIDS e malária. Além da classificação e do fator Rh. Assim, é garantida a segurança para quem recebe as transfusões de sangue e para o doador. Caso seja constatado algum problema, o doador será comunicado e orientado pelo Serviço Social para o tratamento adequado.

Procure o Hemonúcleo de Imperatriz
Rua Coriolano Milhomem, s/n Centro
Telefone: (99) 3525-2737
Disque sangue 0800 280 6565

Requisitos para se doar
Ter entre 18 a 60 anos;
Ter peso igual ou superior a 50 kg;
Aguardar 3 horas após o almoço;
Ter doado após: 60 dias para os homens; 90 dias para as mulheres;
Ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas.

Quantidade Coletada
Aproximadamente 450 ml

Impedimentos temporários
Estar gripado ou com febre;
Estar grávida ou até 3 meses após o parto;
Estar em tratamento médico;
Ter ingerido bebida alcoólica no dia da doação;
Ter tatuagem feita há menos de 1 ano;
Ter tido malária nos últimos 12 meses.

Fonte: Cartilha "Seja você também doador"

segunda-feira, novembro 24, 2008 0 comentários

Boa noite rapaziada! Boa noite meninada!

Ter que ensinar a tarefinha atrasada pra irmã mais nova é a coisa mais estressante que existe! Depois de um longo dia de trabalho, 150 km percorridos, a tarde na faculdade, chego em casa louca pra ficar sem ter o que fazer. Doce ilusão, hoje, logo hoje, a Maria Helena (minha irmã que faz a 1ª. série) não realizou o dever de casa contando com as minhas explicações. A atividade? Responder a ficha de leitura do livrinho paradidático do bimestre. A minha vontade foi enchê-la de beliscões!

A pirralha apareceu com "O Rei do Mamulengo", de Rogério Andrade Barbosa, Ed. FTD. É claro que resgatei toda a didática adquirida ao longo dos quatro anos em sala de aula, trabalhando com Literatura. Com um diferencial, e o que me salvava, lidava com alunos mais velhos. Com crianças, definitivamente, me falta jeitinho, ou melhor dizendo paciência!

Obrigatoriamente, fizemos a (re)leitura da historinha. Até que foi divertido! Ela narrava e eu fazia as vozes das personagens. As ilustrações, de André Neves, representam fielmente os bonequinhos.

"Alguns historiadores dizem que o termo mamulengo deriva de "mão molenga" - a maneira como o manipulador segura o boneco. O termo é oriundo do Nordeste brasileiro e segundo alguns estudiosos teria sido criado por frei Gaspar de Santo Antônio, em Pernambuco, no século XVI." (fonte:http://www.mamulengosrolim.hpg.ig.com.br/oquesao.html)

O improviso, o humor, a irreverência e a grande interação com o público são as marcas essenciais desse teatro popular. Além disso, os criadores dos bonecos são responsáveis por tudo: fabricar, montar, inventar as falas, montar o cenário e, é claro... passar o chapéu pra recolher as moedinhas. Nada mais justo!

Tal atividade me fez pensar em todos os artistas populares brasileiros, especialmente, um mamulengueiro que passou por aqui e me encheu de arte. "Aqui terminou a brincadeira. Até outro dia com novas poesias e muita coisa boa."

AML

sábado, novembro 22, 2008 0 comentários


100 anos da Academia Maranhense de Letras


Em 2008, comemora-se o centernário da Academia Maranhense de Letras - AML, a quarta mais antiga do Brasil.

Sua fundação ocorreu no salão da Biblioteca Pública do Estado, e a sessão inaugural foi realizada no dia 07 de setembro de 1908.


Na Casa Antonio Lobo, como é porpularmente conhecida, são realizados cursos literários, plaestras, exposições de artes plásticas. Além da promoção e lançamentos de livros.





Onde encontrar:

A sede da AML está localizada na Rua da Paz, s/n - Centro

São quase 5 da manhã

quarta-feira, novembro 19, 2008 2 comentários


A turma de Lulu Palhares

Sem dúvidas, o melhor benefício em acordar de madrugada é acompanhar a transmissão de episódios (mesmo que repetidos) das aventuras de Lulu e sua turma. Quase cinco da manhã, de banho tomado e mochila nas costas, aguardo o som sutil da buzina do seu Antônio na porta da minha casa, indicando que o novo dia de trabalho se inicia. Temos alguns quilômetros pela frente e muitas histórias pra contar, ouvir e, é claro, gargalhar. Enquanto isso, com uma tigela de sucrilhos, acompanho mais uma aventura da Luluzinha.


Luluzinha e Bolinha surgiram em minha vida através das revistas publicadas pela editora Abril. Lembro das incontáveis tentativas frustrantes da Lulu entrar no clube dos meninos, que tinha como lema a frase: Menina não entra! Das lições de moral no Alvinho, que de nada adiantavam, dos ataques do Bolinha à geladeira dos Palhares. Ao final de cada desenho, exibido na Globo, desperto a casa inteira. Ou com minhas risadas ou com o barulho de algum objeto que deixei cair pelo chão. Não tem jeito, minha 'falta' de coordenação misturada com a saída às pressas, faz com que eu tropece e derrube algo. Tempo suficiente pra ouvir: Vá com Deus, minha filha!



A Festa do Bolinha

( Roberto Carlos / Erasmo Carlos )


Eu ontem fui a festa na casa do Bolinha
Confesso não gostei dos modos da Glorinha
Toda assanhada, nunca vi igual
Trocava mil beijocas com o Raposo no quintal
Porém pouco durou aquela paixão
Pois Bolinha com ciúmes, formou a confusão
Aninha tropeçou, e os copos derrubou
E a casa do Bolinha em um inferno se tornou
Bolinha provou que é ciumento para "xuxu"
E que não gosta da Lulu
Bobinha, que por ele ainda chora
Com tanto pão dando bola no salão
Luluzinha foi gostar logo de um bolão
Com tanto pão dando bola no salão
Luluzinha foi gostar logo de um bolão


Bola é apaixonado pela Glória que é apaixonada pelo Plínio. Lembra "Quadrilha" de Drummond. Acredito que no fundo, no fundo, o Bolinha morre de amores pela Luluzinha. Só não sabe disso!

Jornalismo na Ufma

sábado, novembro 15, 2008 0 comentários






Há 2 anos, assim que se faz!





O segundo semestre letivo de 2006 anunciou uma nova etapa na Universidade Federal do Maranhão. No dia 16 de novembro, foi realizada a aula inaugural para os alunos da primeira turma de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo, em Imperatriz.

O curso de Jornalismo tem por objetivo a formação de um profissional consciente da realidade em que vive, utilizando o seu potencial criador em benefício da sociedade de forma crítica.

Para comemorar a data, a jornalista Gisele Marques, assessora de Comunicação da Ufma, realizou a palestra “Assessoria de comunicação, jornalismo e interesse público”, no auditório do Campus Imperatriz. Depois de cantarem os parabéns, professores e alunos partiram o bolo.

70 anos de Vidas Secas

segunda-feira, novembro 10, 2008 0 comentários

"Você é um bicho, Fabiano"

Em 2008, Vidas Secas, do escritor alagoano Graciliano Ramos, completa 70 anos de sua primeira edição. A obra é um marco na literatura brasileira por reproduzir a luta pela sobrevivência do sertanejo nordestino, além de fazer uma crítica social, abordando as causas da miséria e do flagelo da estiagem.

O romance narra a jornada de uma família de retirantes. Fabiano, Sinhá Vitória e os dois meninos, seguidos pela cachorra Baleia, vagam de fazenda em fazenda, percorrendo quilômetros de terra rachada, em busca de um pedaço de chão que lhes dê o que comer. São criaturas jogadas ao extremo da miséria, vestem-se com roupas sujas e rasgadas, não possuem casa, comida, saúde nem futuro. Como se já não fossem muitas as adversidades, os retirantes ainda sofrem com a prepotência do fazendeiro enganador e com as injustiças de uma estrutura sociopolítica decadente. (Fonte: CEREJA, William Roberto. Literatura brasileira. São Paulo: Atual, 1995)

As condições desumanas de vida colocam no mesmo nível pessoas e animais. Fabiano e sua família não dominam a linguagem verbal. Falam pouco e se comunicam mais por grunhidos, assim como os bichos.

"— Você é um bicho, Fabiano. Isto para ele era motivo de orgulho. Sim senhor, um bicho, capaz de vencer dificuldades.(...)

Deu estalos com os dedos. A cachorra Baleia, aos saltos, veio lamber-lhe as mãos grossas e cabeludas. Fabiano recebeu a carícia, enterneceu-se:

— Você é um bicho, Baleia.

Vivia longe dos homens, só se dava bem com animais. Os seus pés duros quebravam espinhos e não sentiam a quentura da terra. Montado, confundia-se com o cavalo, grudava-se a ele. E falava uma linguagem cantada, monossilábica e gutural, que o companheiro entendia. A pé, não se agüentava bem. Pendia para um lado, para o outro lado, cambaio, torto e feio. Às vezes utilizava nas relações com as pessoas a mesma língua com que se dirigia aos brutos - exclamações, onomatopéias. Na verdade falava pouco. Admirava as palavras compridas e difíceis da gente da cidade, tentava reproduzir algumas, em vão, mas sabia que elas eram inúteis e talvez perigosas.

(...)

Às vezes largava nomes arrevesados, por embromação. Via perfeitamente que tudo era besteira. Não podia arrumar o que tinha no interior. Se pudesse... Ah! Se pudesse, atacaria os soldados amarelos que espancam as criaturas inofensivas."

(Graciliano Ramos. Vidas Secas. 103ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2007. p. 19-20; 36)

Em 1963, o romance foi adaptado para o cinema, assinado pelo diretor Nelson Pereira dos Santos. Foi o único filme brasileiro a ser indicado pelo British Film Institute como uma das 360 obras fundamentais em uma cinemateca.


Cena do filme Vidas Secas, de Nelson Pereira dos Santos. Fabiano, Sinhá Vitória e Baleia: a fuga da seca.

Histórias do Clube da Esquina

sexta-feira, novembro 07, 2008 0 comentários


Os sonhos não envelhecem

A riqueza poética dos músicos mineiros desperta o meu interesse a cada composição. Outro dia, li sobre o possível reencontro (mais um, diga-se de passagem) de tantas pessoas que fizeram parte do Clube da Esquina. Espero ansiosamente para tal confirmação. Ao longo dos anos - o movimento musical existe desde os anos 60 - não pude acompanhá-los juntos uma vez sequer. Ainda bem que posso resgatá-los nas discografias digitais.


Capa do primeiro disco Clube da Esquina lançado em 1972

Os principais participantes foram Milton Nascimento, Lô Borges e seus irmãos Marilton e Márcio, Beto Guedes, Tavinho Moura, Wagner Tiso, além dos componentes do 14 Bis. Diante de nomes que jamais serão esquecidos, gostaria de destacar Milton Nascimento, Lô Borges, Beto Guedes e Flávio Venturini. Suas melodias fazem parte da trilha sonora da minha vida.

Desde pequena, ouço Milton. Minha mãe curtia o som do cara. Ela tinha um LP (não recordo o título) em que a reprodução da música "Nos bailes da vida" era feita inúmeras vezes nas tardes de sábado. "... Cantar era buscar o caminho que vai dar no sol. Tenho comigo as lembranças do que eu era para cantar nada era longe, tudo tão bom..." Hoje, a minha preferida é "Quem sabe isso quer dizer amor".

Beto Guedes emplacou alguns hits. "Espelhos D'água", que ficou conhecida na voz de Patrícia Marx: "... Ah! Que vontade de ter você, que vontade de perguntar se ainda é cedo? Hum, que vontade de merecer um cantinho do seu olhar, mas tenho medo...". "Sol de primavera": " ... mesmo assim não custa inventar uma nova canção que venha nos trazer. Sol de primavera abre as janelas do meu peito, a lição sabemos de cor só nos resta aprender...". "Amor de índio", essa canção foi resgatada na novela protagonizada pela Sandy. Além de "O Sal da Terra": "Vamos precisar de todo mundo pra banir do mundo a opressão, para construir a vida nova, vamos precisar de muito amor. A felicidade mora ao lado e quem não é tolo pode ver..."

Ah, Lô Borges. Pude vê-lo e ouvi-lo, ao vivo e em cores, em Fortaleza. Na época, nem sabia quem era o cara, mas foi só ouvir o refrão "... você pega o trem azul, o sol na cabeça, o sol pega o trem azul, você na cabeça..." Não sei o porquê de ter o registro dessa música na memória. O xou foi lindo, emocionante. Ainda fui apresentada a ele pelo meu primo, um dos idealizadores do evento. Troquei duas palavrinhas com o ilustríssimo cantor, não lembro o que falei, talvez tenha dito uma grande bobagem que me fez receber de suas mãos um guardanapo com a seguinte frase: Aldinha, lindinha, beijo do Lô. Lembrando que, no mesmo dia, conheci Mauricio Maestro, um dos criadores do grupo musical Boca Livre. O cara é reconhecidíssimo por seus arranjos instrumentais.

Flávio Venturini é o meu preferido. Em trabalhos solo ou com 14 Bis, ao vivo, acústico, voz/teclado, de qualquer jeito, definitivamente. As canções mais conhecidas são: "Espanhola", "Todo azul do mar", "Pra lembrar de nós" e "Noites com sol": "... posso entender o que diz a rosa ao rouxinol, peço um amor que me conceda noites com sol..." . Tem também "Céu de Santo Amaro", uma parceria com Caetano Veloso, que foi tema da Zuca, protagonista da novela global Cabocla.

Por esses e outros motivos, torço para que os mineirinhos voltem aos palcos. Nem que seja pra eu aplaudi-los pela tevê!

Todo dia é dia da Cultura

terça-feira, novembro 04, 2008 0 comentários

O vôo da Águia de Haia

O Dia Nacional da Cultura Brasileira foi instituído através da Lei Federal nº 5.579, de 19 de maio de 1970 e celebra o nascimento de um dos protagonistas da História do Brasil - Rui Barbosa, que nasceu em 5 de novembro de 1849.
"A pátria não é ninguém: são todos; e cada qual tem no seio dela o mesmo direito à idéia, à palavra, à associação"
(Rui Barbosa)
Sobre o autor: Nascido em 5 de novembro de 1849, em Salvador, na antiga Rua dos Capitães, Rui Barbosa de Oliveira é um dos intelectuais mais influentes que o Brasil já produziu. Advogado, jurista, orador, escritor, seu legado está reunido nas Obras Completas, em 50 volumes, que ainda hoje influenciam o mundo jurídico brasileiro e extrapolam, inclusive, este universo. O Barão do Rio Branco deu-lhe a alcunha "A Águia de Haia", por preservar os interesses nacionais e defender a soberania dos países menores, na 2ªConferência da Paz de Haia, na Holanda, em 1907.
- O que eles disseram sobre a CULTURA -
"Um pouco de cultura é uma coisa perigosa" (Alexander Pope)
Interrogado sobre a diferença existente entre os homens cultos e os incultos, disse: 'A mesma diferença que existe entre os vivos e os mortos' (Aristóteles)
"A cultura é a busca da nossa perfeição total mediante a tentativa de conhecer o melhor possível o que foi dito ou pensado no mundo, em todas as questões que nos dizem respeito" (Matthew Arnold)
"A cultura é aquilo que permanece no homem quando ele já esqueceu tudo o resto" (E. Henriot)
A vida, tornada filme, torna-se também espetáculo

“Registamos os fatos para mudar a história” (Gabriel Garcia Marques)

Ônibus 174 é o documentário que reconstitui o sequestro na zona sul do Rio de Janeiro, na tarde do dia 12 de junho de 2000. O incidente foi filmado e transmitido ao vivo por quatro horas, chocando o país. O drama terminou com a morte de Sandro Nascimento, o bandido, e de uma de suas vítimas, Geísa.

O documentarista faz uma reportagem aprofundada sobre a vida do ex-menino de rua. A contextualização da historia do bandido faz com que o “EUspectador” minimize a culpa de Sandro. A biografia do garoto é excludente. Ele testemunhou o assassinato da mãe quando criança, foi morar na rua e sobreviveu à chacina da Candelária. Era analfabeto, roubava para comprar drogas, passou por algumas cadeias e seu maior desejo era se tornar famoso. Diante essa falta de perspectivas, acreditava que só através do reconhecimento poderia alcançar um objetivo. A celebridade instantânea trouxe-lhe a visibilidade tão desejada. Já que, desde criança, fora mais um na multidão. Junto aos flashs, ódio, rancor, desespero e morte. "Se Sandro fosse um personagem de ficção não teria sido tão bem inventado." (Luiz Zanin Oricchio)

A espetacularização do episódio pelos veículos de comunicação e a repetição sensacionalista das mesmas imagens captadas pelas emissoras ‘ao vivo’ revela o show da crueldade.

Ficha Técnica
Ônibus 174
Direção: José Padilha
Produção: José Padilha e Marcos Prado
Fotografia: César Moraes e Marcelo Guru
Tempo de Duração: 133 min
Lançamento: 2002