´Sou do tamanho que vejo´

quinta-feira, janeiro 08, 2009 0 comentários

Atrás das lentes

No Dia Nacional do Fotógrafo, profissional ou amador, celebramos as cores e a luz do mundo completamente imagético.

Me arriscando nuns cliques

"As cores, figuras, motivos

O sol passando sobre os amigos

Histórias, bebidas, sorrisos

E afeto em frente ao Rio Tocantins*"

(Letra de Leoni e Leo Jaime, adaptação*)

Não contavam com minha astúcia?

segunda-feira, janeiro 05, 2009 0 comentários

"El Chapulin Colorado"


Suspeitei desde o princípio que a versão em desenho animado do seriado mexicano "Chapolin" chegaria aos cinemas. O criador e intérprete do super-herói atrapalhado, Roberto Gómez Bolaños, revelou que o longa metragem será exibido nas telonas em 2009.

Chapolin é um herói baixinho, covarde, medroso, fraco e desajeitado. O coração amarelo, que é o seu escudo, representa o verdadeiro poder sobre-humano: o AMOR! Fazendo com que, no final das contas, ele supere os seus próprios medos e vença os inimigos.






"Oh! E agora quem poderá me defender? EU!"

Curiosidade: O nome "chapulín" é oriundo de uma espécie de gafanhoto, pertencente ao género Sphenarium, bastante popular no México, sendo utilizada como iguaria.




Dia Mundial da PAZ

quinta-feira, janeiro 01, 2009 0 comentários

Os Estatutos do Homem (Ato Institucional Permanente)
Artigo I
Fica decretado que agora vale a verdade.
Agora vale a vida,
e de mãos dadas,
marcharemos todos pela vida verdadeira.

Artigo II
Fica decretado que todos os dias da semana,
inclusive as terças-feiras mais cinzentas,
têm direito a converter-se em manhãs de domingo.

Artigo III
Fica decretado que, a partir deste instante,
haverá girassóis em todas as janelas,
que os girassóis terão direito a abrir-se dentro da sombra;
e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro,
abertas para o verde onde cresce a esperança.

Artigo IV
Fica decretado que o homem
não precisará nunca mais
duvidar do homem.
Que o homem confiará no homem
como a palmeira confia no vento,
como o vento confia no ar,
como o ar confia no campo azul do céu.

Parágrafo único:
O homem, confiará no homem
como um menino confia em outro menino.

Artigo V
Fica decretado que os homens
estão livres do jugo da mentira.
Nunca mais será preciso usar a couraça do silêncio
nem a armadura de palavras.
O homem se sentará à mesa
com seu olhar limpo
porque a verdade passará a ser servida
antes da sobremesa.

Artigo VI
Fica estabelecida, durante dez séculos,
a prática sonhada pelo profeta Isaías,
e o lobo e o cordeiro pastarão juntos
e a comida de ambos terá o mesmo gosto de aurora.

Artigo VII
Por decreto irrevogável fica estabelecido
o reinado permanente da justiça e da claridade,
e a alegria será uma bandeira generosa
para sempre desfraldada na alma do povo.

Artigo VIII
Fica decretado que a maior dor sempre foi
e será sempre não poder dar-se amor a quem se ama
e saber que é a água que dá à planta o milagre da flor.

Artigo IX
Fica permitido que o pão de cada dia
tenha no homem o sinal de seu suor.
Mas que sobretudo tenha
sempre o quente sabor da ternura.

Artigo X
Fica permitido a qualquer pessoa,
qualquer hora da vida,
uso do traje branco.

Artigo XI
Fica decretado, por definição,
que o homem é um animal que ama
e que por isso é belo,
muito mais belo que a estrela da manhã.

Artigo XII
Decreta-se que nada será obrigado
nem proibido,
tudo será permitido,
inclusive brincar com os rinocerontes
e caminhar pelas tardes
com uma imensa begônia na lapela.

Parágrafo único:
Só uma coisa fica proibida:
amar sem amor.

Artigo XIII
Fica decretado que o dinheiro
não poderá nunca mais comprar o sol das manhãs vindouras.
Expulso do grande baú do medo,
o dinheiro se transformará em uma espada fraternal
para defender o direito de cantar
e a festa do dia que chegou.

Artigo Final
Fica proibido o uso da palavra liberdade,
a qual será suprimida dos dicionários
e do pântano enganoso das bocas.
A partir deste instante
a liberdade será algo vivo e transparente
como um fogo ou um rio,
e a sua morada será sempre
o coração do homem.

(Thiago de Mello. Santiago do Chile, abril de 1964)