Meu reggae é roots...

segunda-feira, julho 28, 2008 1 comentários



... palavras também


Eu sei que o Hawaii não é aqui. E que o mar está longe daqui... Mas pra quê que eu quero o mar? Se tenho o rio TOCANTINS pra mim!” (‘Surfista do Lago Paranoá’, adaptação*)

Na vibe positiva solta pelo ar, a noite de domingo, quase segunda, fez tudo transcender, tristeza desaparecer e o amor florescer! (Rimas pobres? Clichês? Acredite! Não vale a pena viver por viver).

Revisitei momentos marcantes na minha humilde e singela vidinha ao som de Natiruts. Mas isso é bem comum! O diferencial foi ouvir a pureza das canções ao vivo.Teve roots, ragga, reggae e blues. Rolou até axé. Jorge Ben (jor), Cidade Negra, Olodum e claro, ´aquilo´ que Bob falou.

A percussão foi uma emoção a parte. Os metais? Incríveis. O Alê (reparem a intimidade) deu xou no vocal. Toda a propriedade de quem vos escreve, não tem nada de prepotência, apenas a impressão (subjetiva e passional) de quem curte o som dos caras desde a época de Nativus. Isso lá pros anos noventas. Mais precisamente, 1997, aos treze aninhos, cursando a sétima série no Santa Teresinha. Assim que ganhei uma fitinha k7 (apesar de todo mundo ouvir cd player) do primeiro álbum gravado um ano antes. De cara, eu me amarrei. Letra, melodia e ritmo... mesmo sem entender o que rege toda a harmonia. Foi amor à primeira vista (ou a primeira audição). Então, de lá pra cá, acompanhei a evolução, o sumiço, a briga pelo título Nativus, que não deu em nada, aliás, deu em Natiruts - uma mistura de nativus e roots - , as saídas do Kiko e da Isabella. Mas nada disso tirou o brilho da banda.

Meu tema? Nada de “Presente de um beija-flor” ou “Liberdade pra dentro da cabeça”. A minha música preferida foi (é) “Semente Nativa”: “... plantei uma flor no coração dela...” E, eu acreditava que não fosse ouvi-la nessa apresentação. Mas, quando anunciaram que a próxima canção seria de 96, eu senti, naquele instante que o show era único e exclusivamente pra mim. Simplesmente LINDO!!!

Outra grande surpesa foi poder cantar em alto e bom tom “Deixa o menino jogar o iá iá”. Ah, meus tempos de basquete... quando eu me arriscava nuns lances mais que livres. O meu espanto se deu pelo fato da música apresentar uma mensagem de alto teor político, assim como "Proteja-se e lute" e "Povo brasileiro". Dizem por aí, que o evento foi realizado para promover as obras realizadas pelo governo do estado. Coincidentemente, estamos no período de campanhas eleitorais, ou seja, benditos sejam os gregos que criaram a política do ‘pão e circo’. Já que necessidades básicas como saúde, educação e segurança não nos são proporcionadas dignamente, que venham todos os festivais de verão, de inverno de outono e primavera! “A gente não quer só comida,a gente quer bebida, diversão, balé” (Titãs)

O reggae é contra a desigualdade, o preconceito, a fome e tantos outros problemas sociais. “Por isso ainda há muito o que aprender com Salassiê”. Celebremos, então, o reggae e a vida, criando uma nova visão política e cultural, muito além dos estereótipos de negro, pobre e maconheiro!Sendo assim, “eu eternamente cantarei a paz!”

"Há mil formas para sorrir. Só uma para ser feliz!"


1 Comment

  1. Anônimo On 30 de julho de 2008 às 23:48

    Aldinha adorei o seu blog