domingo, julho 27, 2008 0 comentários

No verbo, no verso e na melodia
Show marca comemoração pelos 50 anos de vida do cantor e compositor Zeca Tocantins

Palco do Teatro Ferreira Gullar

O show, que aconteceu na última quinta-feira, teve Neném Bragança, Clauber Martins e o aniversariante Zeca Tocantins dividindo o palco do Teatro Ferreira Gullar. Além disso, contou com a participação do percussionista Chico Brown e do trompetista Valtinho. O evento foi promovido pela Fundação Cultural de Imperatriz. O maestro Giovanni Pietrinni, diretor da FCI, afirmou que brevemente divulgará uma vasta programação artístico-cultural para o mês junino.


Na ocasião, o militante do movimento OcupArte – Ocupar com Arte, Eduardo Palhares, distribuiu panfletos com as propostas de melhoria do prédio da antiga biblioteca municipal. Em seguida, protestou contra o descaso da cultura em Imperatriz. “Há vinte anos, Zeca Tocantins participou ativamente do processo de ocupação e transformação do espaço em que estamos. Graças a ele e ao povo que se interessa pela cultura temos o teatro”, relembra. A platéia o aplaudiu fervorosamente.


Pietrinni, ao declamar um trecho de I-Juca Pirama, de Gonçalves Dias, anunciou Neném Bragança que homenageou o amigo ilustre da noite cantando uma de suas parcerias.


Zeca Tocantins subiu ao palco por volta das 21h30 para apresentar sucessos da carreira e o novo repertório, que segundo ele, bebe na fonte de Pinduca e de D. Teté. Referindo-se ao cantor paraense - rei do carimbo - e a propagadora do cacuriá.


A casa lotada cantou os parabéns! Emocionado, disse estar muito satisfeito com a apresentação. Por último, agradeceu o carinho do público ao longo de todos esses anos.


Zeca Tocantins gravou os discos Cio do Homem (1993), Terreiro de Todo Canto (2000) e Mestiço (2002). Todos eles expostos no hall do teatro ao custo de R$10. Participou de festivais de música em várias regiões de Brasil. Foi Presidente da Associação Artística de Imperatriz (Assarti) e do Sindicato dos Músicos da Região Tocantina. Vale lembrar que, em 2007, o artista devolveu à Câmara Municipal de Imperatriz o título de “cidadão imperatrizense”. Uma maneira de chamar a atenção pela falta de sensibilidade e descaso das autoridades.