Do analógico ao digital

quinta-feira, maio 21, 2009 1 comentários



O mercado editorial em debate


A fim de fornecer subsídios para a compreensão do papel da comunicação na sociedade, todas as quartas-feiras, na Ufma, a partir das 17h30, há discussões sobre os meios de comunicação, a cadeia produtiva e os sistemas comunicacionais. Já foram abordados temas como a criação audiovisual e o jornalismo impresso.

Com o objetivo de apresentar os principais desafios referentes ao mercado editorial da região, o historiador e empresário Adalberto Franklin conversou com a Comissão Pró-Conferência de Comunicação da Região Tocantina. Recém chegado da Bienal do Livro, em Salvador, Adalberto falou sobre a área de atuação da produção editorial.

Segundo Adalberto, a maior dificuldade apontada é o bloqueio às publicações fora eixo Rio-SãoPaulo-Minas, visto que a adoção de livros pelo Ministério da Educação (MEC) não privilegia a produção de outras regiões. Escritores que abordam uma temática regional não conseguem divulgar suas obras numa grande editora. “Autor nordestino no Brasil tem distribuição limitada”, afirma. A denúncia de que as grandes editoras formam um cartel é legitimada pelo interesse que as mesmas têm em divulgar best-sellers e clássicos. Sendo assim, boa parte do mercado editorial limita-se na publicação de livros científicos e literários.

Ainda de acordo com o empresário, outro problema enfrentado é a publicação dos livros paradidáticos. Nas escolas de todo o país, tanto nas particulares quanto públicas, observa-se a predominância de livros editados no Sul, não levando em consideração as diferenças culturais. Dessa forma, o monopólio impede a contextualização dos leitores/ alunos com os livros publicados. A proposta dos editores é valorizar a produção de diversas localidades e convencer os Ministérios da Cultura (Minc) e da Educação a comprarem 30% dessas produções. “Mais da metade dos escritores brasileiros são nordestinos, nada mais justo poder divulgá-los”, destaca.

A maior reflexão se deu em torno da falta de biblioteca municipal na cidade. Com cerca de 230 mil habitantes, Imperatriz não possui local nem acervo atualizado, dificultando o acesso de inúmeras pessoas que precisam de um lugar para realizar as pesquisas e estudos. O militante da Casa das Artes [http://artesdacasa.blogspot.com/] e membro da Ocuparte, Alexandre Almeida, retomou a discussão sobre o abandono e a ocupação do prédio da antiga biblioteca municipal por artistas da região, que fez um ano no início de maio. De acordo com Alexandre, a Secretaria de Educação garantiu que o local será restaurado para as futuras instalações da biblioteca. “Isso nos entristece. Saber que o governo considera uma sala com um amontoado de livros um espaço para a construção do saber”, declara.


Sobre a Ética Editora

A Ética Editora, atuante no mercado desde o início dos anos 90, é responsável pela publicação de 300 livros, aproximadamente. Dessas obras, quarenta falam sobre Imperatriz e região, destacando a importância da abordagem de temáticas locais. Ainda esse ano, a Ética pretende lançar cerca de 70 títulos. Boa parte dos livros podem ser adquiridos na loja virtual: http://www.eticaeditora.com.br/


Esclarecimento

Após 70 anos da morte do autor, sua obra é considerada em domínio público. Se for um clássico estrangeiro, a despesa para publicação é apenas com a tradução.



1 Comment

  1. Tuka On 22 de maio de 2009 às 18:46

    hey moça!
    te achei aqui :D

    agora vou passar sempre!
    xerooo