segunda-feira, novembro 24, 2008 0 comentários

Boa noite rapaziada! Boa noite meninada!

Ter que ensinar a tarefinha atrasada pra irmã mais nova é a coisa mais estressante que existe! Depois de um longo dia de trabalho, 150 km percorridos, a tarde na faculdade, chego em casa louca pra ficar sem ter o que fazer. Doce ilusão, hoje, logo hoje, a Maria Helena (minha irmã que faz a 1ª. série) não realizou o dever de casa contando com as minhas explicações. A atividade? Responder a ficha de leitura do livrinho paradidático do bimestre. A minha vontade foi enchê-la de beliscões!

A pirralha apareceu com "O Rei do Mamulengo", de Rogério Andrade Barbosa, Ed. FTD. É claro que resgatei toda a didática adquirida ao longo dos quatro anos em sala de aula, trabalhando com Literatura. Com um diferencial, e o que me salvava, lidava com alunos mais velhos. Com crianças, definitivamente, me falta jeitinho, ou melhor dizendo paciência!

Obrigatoriamente, fizemos a (re)leitura da historinha. Até que foi divertido! Ela narrava e eu fazia as vozes das personagens. As ilustrações, de André Neves, representam fielmente os bonequinhos.

"Alguns historiadores dizem que o termo mamulengo deriva de "mão molenga" - a maneira como o manipulador segura o boneco. O termo é oriundo do Nordeste brasileiro e segundo alguns estudiosos teria sido criado por frei Gaspar de Santo Antônio, em Pernambuco, no século XVI." (fonte:http://www.mamulengosrolim.hpg.ig.com.br/oquesao.html)

O improviso, o humor, a irreverência e a grande interação com o público são as marcas essenciais desse teatro popular. Além disso, os criadores dos bonecos são responsáveis por tudo: fabricar, montar, inventar as falas, montar o cenário e, é claro... passar o chapéu pra recolher as moedinhas. Nada mais justo!

Tal atividade me fez pensar em todos os artistas populares brasileiros, especialmente, um mamulengueiro que passou por aqui e me encheu de arte. "Aqui terminou a brincadeira. Até outro dia com novas poesias e muita coisa boa."