Deixo tudo assim. Não me importo em ver a idade em mim, ouço o que convém. Eu gosto é do gasto. Sei do incômodo e ela tem razão quando vem dizer que eu preciso sim de todo o cuidado. E se eu fosse o primeiro a voltar pra mudar o que eu fiz. Quem então agora eu seria? Ahh tanto faz! E o que não foi não é, eu sei que ainda vou voltar… Mas, eu quem será?
Deixo tudo assim, não me acanho em ver vaidade em mim. Eu digo o que condiz. Eu gosto é do estrago. Sei do escândalo e eles têm razão. Quando vem dizer que eu não sei medir, nem tempo e nem medo. E se eu for o primeiro a prever e poder desistir do que for dar errado?
Ahhh, ora, se não sou eu quem mais vai decidir o que é bom pra mim? Dispenso a previsão. Ahhh, se o que eu sou é também o que eu escolhi ser aceito a condição. Vou levando assim. Que o acaso é amigo do meu coração quando falo comigo, quando eu sei ouvir…
[O velho e o moço, Rodrigo Amarante]
rodrigo amarante escreve coisas bonitas,pensamentos soltos ao alcance das maõs.estou aqui na ilha a esperar o show de pedro de sá contempôraneo guitarrista de caetano veloso,a alcançar solos pelo ar!!bjs axel carlos britto